No dia 16 de novembro de 2017, a Loja Marechal Deodoro Nº47 do Oriente de Engenheiro Beltrão, reuniu-se em Sessão Pública para Comemorar os 40 Anos de fundação.
A Sessão dirigida pelo Venerável Mestre Irmão Sérgio Bergo de Carvalho, contou com a presença do Eminente Deputado do Grão Mestre Irmão Euclides Felipe, do Delegado do Grão Mestre para o 7º Distrito Irmão Lincoln Mitsuo Tomiyama, do Delegado do Sereníssimo Grão Mestre para o 5º distrito, Irmão Jules Rimet Nogara. do Grande Inspetor Liturgico da 2ª Inspetoria Irmão José Bardini Neto, do Venerável Mestre da nossa Loja Mãe Rui Barbosa nº 16, Irmão Robson Badoco e do Prefeito Municipal de Engenheiro Beltrão Sr.Rogério Righetti.
No uso da Palavra o Venerável Mestre Irmão Sergio Bergo de Carvalho, fez um breve relato sobre o Quadro de Obreiros da Loja informando a quantidade de Irmãos participantes em número de 33, sendo 2 Aprendizes, 19 Mestres e 12 Mestres Instalados, nominando-os, sendo 8 deles já Remidos.
Discorreu também, sobre a História da Loja Marechal Deodoro Nº 47, sobre a história da Fundação, da 1ª Iniciação ainda em Peabiru, bem como da Construção do Templo próprio.
Na fundação desta loja foram eleitos os seguintes irmãos para os respectivos cargos:
Venerável Mestre o Irmão Lydio dos Santos Gonçalves Cabrera
1º Vigilante o Irmão Ewaldo Wanderlei Pereira
2º Vigilante o Irmão Fernando Henriques
Orador o Irmão Edmar Borba Freire
Secretário o Irmão Liraucio Saragioto
Tesoureiro o Irmão Roque de Almeida Mello
Mestre de Cerimônias o Irmão Severino José Peterle
Chanceler o Irmão Joaquim Viana Pereira Filho
Hospitaleiro o Irmão Miguel Francoso de Souza Paiva
1º Diácono o Irmão Antonio Saul Benedete Magio
2º Diácono o Irmão Antonio Venturato Monteiro.
Instalada a loja, passou-se a ter reuniões regulares todas as 5ª feiras às 20 horas a exceção da
primeira quinta-feira de cada mês.
Até aqui foi a parte bonita, filosófica da maçonaria, agora entramos na parte patrimonial,
necessária para constituir e manter uma loja regular.
Não tínhamos sede, os trabalhos eram realizados no templo da Loja Rui Barbosa nº 16 em
Peabiru, conseguimos um terreno que é onde está o salão de festas e a loja hoje instalada.
Neste terreno foi construído, a muitas custas, uma pequena loja, meia água, em madeira
coberta de eternit. A Loja Rio Barbosa fez doação dos altares do venerável mestre, 1º e 2º
vigilantes e ainda outras peças para o funcionamento da loja. Cada um dos irmãos doou uma
cadeira. O templo tinha duas peças, a sala de reunião e outra sala que funcionava a tesouraria,
secretaria, átrio e sala dos passos perdidos.
Como nossas reuniões eram fechadas, a vizinhança ficou polvorosa, querendo saber o que se
discutia dentro do templo. E loja de madeira é assim, um fala aqui e os vizinhos ouvem ali.
Neste templo foram feitas sessões de iniciação, adoção de lowtons e confirmação de
casamento.
No verão a loja ficava muito quente, e os irmãos suavam muito para participar das reuniões.
Para justificar, diziam que fazia bem para a saúde, pois, alguns precisavam ir na sauna para
perder uns quilinhos, nós, não, vinha na reunião de paletó e gravata, quando não de
balandrau, suava demais.
Certa ocasião o Venerável trouxe um ventilador (daqueles pequenos de caminhão) e instalou
no trono, direcionado só para ele.
Um irmão ao ver a cena, de imediato, fez um cheque e doou para a loja um aparelho de ar
condicionado para permitir que os irmãos se reunissem com mais conforto.
As crianças brincavam num terreirão, e ao fim de cada reunião, dos pequenos só se enxergava
os olhos, o resto era pura terra. As mães ficavam polvorosas.
As primeiras obras eram realizadas com promoções, livro ouro e por aí vai.
Não demorou muito para se construir o templo atual, em alvenaria, muito conforto, parecia o
céu. Mas como sempre com muito sacrifício e promoções, inclusive com um bingo que não
deu nada certo, tiveram de devolver os dinheiros das cartelas, foi lamentável.
Concluído o segundo templo, logo um vendaval levou o a cobertura do templo, e tiveram de
fazer uma nova cobertura ai economizaram um pouco menos e fizeram uma cobertura mais
resistente que dura até hoje.
Iniciaram as obras do salão de festas e da churrasqueira, que foi feita num estilo grandioso,
porém, nunca conseguimos fazer uma festa que pudesse utilizar toda a churrasqueira.
E as obras seguiram, afinal é uma loja de pedreiro, que é a tradução da expressão “maçom” de
francês para o português.
Adquirimos mais terrenos, ampliamos o salão de festas, reformamos o templo, que já está a
merecer outra reforma.
Para tanto, tinha de manter uma regular entrada de recursos, ai é que tiveram a ideia de fazer
uma baile anual, hoje o baile já está na 29ª edição é um sucesso mas a custa de muito trabalho
dos irmãos, os recurso do baile além das obras em nossa estrutura física também financia
parte de nossa benevolências.
Durante estes quarenta anos, a loja ajudou a manter o antigo abrigo de menores, manteve a
guarda mirim que permitiu que diversos jovens pudessem ter seu primeiro emprego inclusive
eu, posteriormente extinta justamente porque a legislação trabalhista não permitia jovens
aprendizes, mas apenas o emprego regular.
Ajudou a igreja em seus momentos de dificuldade financeira. Custeou cirurgias entre outras
atividades de benevolência.
Mas a obra que a 30 anos a Loja iniciou e que até hoje é motivo de orgulho para todos nós é a
Ordem Demolay. Salvar a vida de um jovem das drogas, mostrar-lhe um caminho salutar para
o seu progresso pessoal, não tem preço.
Em março deste ano a ordem demoley completou 30 anos de fundação. Apesar de ser o
segundo capítulo fundado no Paraná, é o mais antigo em atividade ininterrupta, nunca fechou
suas portas. Já passou mais de 300 meninos por este capítulo, atualmente possui 27 meninos
que tem como mestre conselheiro Pedro Brighiato, sendo que já fizeram a eleição para a nova
gestão onde foi eleito Felipe Pontin como mestre conselheiro, suas reuniões são aos sábados e
sempre estão acompanhados de um tio maçon.
(Texto para Marcelo Gazola)
Para que tudo isso acontecesse, a loja teve diversos dirigentes, que chamamos de veneráveis.
As primeiras gestões eram anuais, iniciava em junho e terminava em maio do ano seguinte,
porém, em 1983 com a reforma da constituição da Grande Loja, o manado passou a ser
bianual, o que se mantém até hoje, assim, a eleição é efetuada no final do ano com a posse no
início do ano seguinte, este ano tem eleição.
Contando com esta gestão já se somam 23 gestões administrativas nesta loja.
Apenas dois venenáveis assumiram o primeiro malhete mais de uma vez que foram o Lydio e o
Rui Ghellere, os demais tiveram apenas uma gestão, mantendo a tradição até os dias atuais.
Assim, tivemos ao todo 20 veneráveis no comando da loja Marechal Deodoro nestes 40 anos
de fundação e instalação.
A administração de uma loja maçônica nunca é feita individualmente, cada venerável sempre
teve ao seu lado mais dois malhetes, assim, o primeiro malhete sempre é do venerável o 2ª
malhete do 1º vigilante e o 3º malhete do 2º vigilante, porém, nosso objetivo hoje é
homenagear aqueles que tiveram a incumbência de segurar o primeiro malhete.
Tiveram a oportunidade de segurar o primeiro malhete da Marechal Deodoro os seguintes
irmãos:
Lydio dos Santos Gonçalves Cabreira
Ewaldo Wanderlei Pereira
Liraucio Saragioto
Severino José Peterle
Rui Ghellere
José Augusto Gomes Aniceto
Claudionor José Ferreira
Valmir Antonio Pardo
Luigino Coletti
José Francisco Farinha
Irineu Aparecido Bougo
Arthur Gomes Pavesi
João José Galante
Américo Yocinobu Tsuzuki
Aluizio Vendramini
Cezar Wanderlei Pereira
Eufânio Estefano Saqueti
Rui Ghellere Ghellere
Walmir Seguraço
Sergio Bergo de Carvalho
A estes valorosos irmãos que pelo trabalho incessante permitiram o crescimento maduro e consistente, a Loja Marechal Deodoro agradece de todo coração.
A Grande Loja do Paraná, neste ato representado pelo Eminente Deputado do Grão Mestre Irmão Euclides Felipe, fez a entrega de uma Placa Alusiva aos 40 anos de fundação, deixando marcada a importância da Loja dentro da Grande Loja do Parana e em todo Universo.
Tive o privilégio de ser o sétimo venerável da loja Marechal Deodoro 47