Desde a descoberta, em 1500 o Brasil foi uma colônia portuguesa, sendo explorado desde então. Não tinha nesta situação liberdade econômica, liberdade administrativa e, muito menos, liberdade política. Tornando-se a exploração pela Metrópole excessiva ao longo do tempo, com os colonos sem o direito de protestar, cresceu o descontentamento entre os brasileiros, iniciaram-se, então, várias rebeliões – Movimentos Nativistas. Em todos esses movimentos, a Maçonaria se fez presente através das Lojas Maçônicas e Sociedades Secretas já existentes. Esses movimentos culminaram com a Inconfidência Mineira, onde Tiradentes foi sacrificado, transformando-se no mártir de nossa luta pela Independência.
Com a vinda da família real para o Brasil, e depois de 18 anos aqui refugiada, D. João VI retorna a Portugal, em 26 de agosto de 1821 e deixa D. Pedro como Príncipe Regente do Brasil, este com 21 anos de idade.
Jovem voluntarioso, aqui permanece, não sozinho, mas envolvido por todos lado de Homens de Bem, Maçons que constituiam a elite pensante e econômica da época. José Bonifácio, Patriarca da Independência, foi o 1º Grão Mestre da Maçonaria no Brasil.
Era preciso fazer maçom D.Pedro. A 2 de agosto de 1822, D.Pedro foi iniciado na Loja Comércio das Artes (Rio de Janeiro), recebendo o nome histórico de “Guatimozim“. Da iniciação ao Grão Mestrado, o certo é que o ingresso de D.Pedro na Maçonaria resultou a sua íntima ligação com a causa da Independência.
A bem da verdade, em 9 de janeiro de 1822, um grande acontecimento iria se desenrolar como precursor da Independência. José Clemente Pereira, Presidente do Senado da Câmara, liderando o povo que se aglomerava, partindo de onde hoje fica a Igreja de São Benedito, na Avenida Passos (Rio de Janeiro), em direção ao Palácio Imperial, pronunciou inflamado discurso, pedindo ao Príncipe Regente que permanecesse no Brasil. O Príncipe responde: ” estou pronto, diga ao povo que fico“.
Em 14 de agosto de 1822, D.Pedro parte para São Paulo, com o propósito de apaziguar os descontentes. Foi até Santos. Ao regressar, na madrugada de 7 de setembro, encontrando-se na colina próxima ao Riacho Ipiranga, foi surpreendido pelo correio da corte que lhe trazia cartas com notícias enviadas com urgência por seu Primeiro Ministro José Bonifácio. O Príncipe Regente teria dito, após ler as cartas:
“As cortes me perseguem, chamam-me com desprezo de rapazinho e de brasileiro. Verão agora quanto vale o rapazinho. De hoje em diante, estão quebradas as nossas relações, nada mais quero do governo português e proclamo o Brasil para sempre separado de Portugal”.
Como afirmam, em uníssono, historiadores maçônicos e profanos, no dia 20 de agosto de 1822, Gonçalves Ledo propôs em Sessão Maçônica, sendo aprovado por unanimidade, “que fosse inabalavelmente firmada a proclamação da nossa Independência e da realeza constitucional na pessoa do Augusto Príncipe”.
Indiscutível, afinal, é que a Independência política de nossa terra, foi certamente, assinalada com o FICO, em 9 de janeiro de 1822, declarada pela Maçonaria em 20 de agosoto e consagrada em 7 de setembro, com o brado do Maçom D.Pedro.
Cidadãos! A liberdade identificou-se com o terreno; a natureza nos grita Independência; a razão nos insinua; a justiça determina; a glória o pede; resistir-lhe é crime, hesitar é dos covardes; somos homens, somos brasileiros. Independência ou Morte!!! Eis o grito do Homem, eis o brado nacional.
E o Brasil tornou-se Independente.
[dmalbum path=”/wp-content/uploads/dm-albums/independencia.brasil/”/]